A Prefeitura de Canaã dos Carajás emitiu uma nota à imprensa sobre o corte de ponto que haverá aos servidores do município que dedicaram uma semana à greve em busca de um reajuste salarial. A nota também foi veiculada no site oficial da Prefeitura.

Na nota, a Prefeitura afirmou que a decisão já tinha sido citada  em reunião com os sindicatos e associações, na última segunda-feira (19).

A nota segue abaixo:
Considerando o período de readaptação financeira que vive o município; a impossibilidade de concessão de reajuste aos servidores neste primeiro quadrimestre; e a decisão de sindicatos e associações em manter a greve - que prejudica o acesso da população aos serviços públicos - quando a justificativa do manifesto não é relacionada a nenhuma irregularidade do Poder Público, a Prefeitura Municipal de Canaã dos Carajás informa que poderá realizar o corte do ponto dos grevistas, uma vez que a ação é prevista em Lei e faz jus aos demais servidores que continuam no trabalho neste período.

É importante recordar, que a legalidade do direito de corte foi citada em reunião com os sindicatos e associações, na última segunda-feira (19). Logo, os pagamentos terão os devidos descontos no mês de março.

O Governo Municipal, tem a intenção de conceder a reposição salarial e quer continuar valorizando seus servidores, entretanto, no momento, não pode correr o risco de ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal em detrimento dos reajustes, sem a devida análise e certeza do aumento das receitas.

O Governo Municipal está empenhado na busca de uma solução que atenda às necessidades dos servidores, por fim às paralisações e, sobretudo, oferecer ao cidadão serviços públicos de maneira integral.

O Governo Municipal espera que, tão logo, seja possível chegar ao entendimento entre as partes e conta com a sensibilidade dos servidores públicos efetivos para que considerem o atual momento, no qual a administração pública municipal necessita aguardar a real chegada dos recursos para tomar qualquer decisão.

Em resposta, os Sindicatos informaram que estão munidos de toda a documentação legal para que haja a manutenção da greve, tendo em vista que até o momento o prefeito municipal Jeová Andrade não apresentou nenhuma proposta de reposição das perdas inflacionarias desde o ano de 2015, conforme consta em documento celebrado pela prefeitura e os sindicatos e homologado pelo juiz de direito Dr. Lauro Fontes Jr. ainda no ano de 2017.

Os sindicatos informam ainda que as faltas geradas durante a greve poderão ser abonadas através de negociação, uma vez que o ministério publico atestou a greve como totalmente legal.